26/12/2013

Aproveite o Natal para conhecer, seguir e proclamar a Cristo

“Disse-lhes Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”. João 20:29.

PREGAÇÕES 
Mensagem: Naldo Vieira
Referência Bíblica: João 20:26-29

Nesta época de final de ano, ouvimos sempre falar das comemorações realizadas pela maioria das pessoas, sendo que, especificamente no Natal, a tradição induz ao ajuntamento da família para uma grande ceia, recheada de presentes.

Em alguns lares, a figura do nascimento de Jesus Cristo é presente e simbolicamente comemorado, já em outros, não é sequer lembrado, seja pela incredulidade, seja pela vontade (pura e simplesmente) de apenas beber e se divertir.

Na palavra descrita em João 20:26-29, podemos observar a incredulidade de Tomé ao saber que o Mestre amado, após a sua morte, havia aparecido aos onze discípulos. Esse seguidor de Cristo precisava constantemente “ver para crer” no sobrenatural de Deus.

“Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei”. João 20:25. 

A incredulidade sempre foi um dos motivos de muitos não quererem aceitar a Jesus em suas vidas. A crença do nascimento virginal de Cristo, sem que Maria tivesse coabitado, é uma das justificativas daqueles que decidiram não seguir ao Mestre. Entretanto, vemos que Deus valoriza aqueles que acreditam na Sua Palavra pela fé ao observamos Sua correção, dirigida a Tomé, ao dizer "bem-aventurados os que não viram e creram".

O nascimento em Belém 

A Bíblia relata que uma jovem moça, chamada Maria, recebeu a visita de um anjo chamado Gabriel, cujo nome significa “mensageiro de Deus”, para dizer que ela conceberia um filho por obra do Espírito Santo, sem a “ajuda” de José, e que deveria dar ao menino o nome de Jesus. O anjo anuncia que Jesus seria chamado de “Filho do Altíssimo” e receberia da parte do Senhor o trono de Davi, no qual reinaria para sempre.

José, noivo de Maria, tem conhecimento da gravidez da moça e, por ser um homem justo e não querer expô-la à desonra pública, intenta anular o casamento secretamente. Se ele desistisse do casamento publicamente, já que tinha base legal para isso, causaria vergonha para a moça e seus pais; como também Maria poderia ser denunciada como uma mulher adúltera e condenada à morte por apedrejamento.

Mas um anjo do Senhor aparece a José em sonho e encoraja-o a tomar Maria por esposa, revelando que o filho nela gerado era procedente do Espírito Santo. José obedece ao anjo e recebe Maria como esposa, no entanto, não tem intimidade sexual com ela até o nascimento da criança.

“Contudo, não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus”. Mateus 1:25.

Muitas vezes em nossas vidas passamos por dias difíceis e não pedimos a orientação de Deus sobre qual decisão tomar. José não era o pai biológico, mas quando entendeu a vontade do Senhor, descansou na visão de Deus.

Quando a gravidez de Maria já estava bem adiantada, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do Império para recensear-se. De acordo com a lei, todos deveriam alistar-se em sua cidade natal, por isso, José também precisou subir à cidade de Belém (ele era da casa e família de Davi) para cumprir o decreto. Ele levou consigo Maria, pois era uma ordenança da lei que os membros da família fossem recenseados juntos.

Estando eles em Belém, chegou a hora do parto e Maria deu à luz a seu filho primogênito. Como o costume da época, o Senhor Jesus foi enfaixado e, conforme a profecia, deitado numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.

Durante a noite, alguns pastores que cuidavam de seus rebanhos receberam a visita de um anjo. Este lhes anunciou que naquele dia, na cidade de Davi, havia nascido o Salvador, e como sinal desse anúncio, o menino seria encontrado por eles envolto em panos e deitado numa manjedoura. Os pastores se dirigem à Belém e encontram o menino como havia sido anunciado.

Magos vindos do Oriente, que, na verdade, eram sábios de sua época, pertencentes a certa casta religiosa chamada de “sábios astrólogos” (é importante destacar que naquele período não havia distinção entre "astrólogos" e "astrônomos". No caso desses magos, eles eram observadores do movimento do Sol e da Lua, dos planetas, de cometas, meteoros e outros fenômenos, utilizando esses fatores como guia para a agricultura entre outras finalidades)  souberam do nascimento de Jesus através do sinal de uma estrela e foram procurar o menino em Jerusalém, pois sabiam que o recém-nascido seria o futuro Rei dos judeus. Chegando lá, entretanto, encontram o rei Herodes, que finge interesse pela criança e solicita aos magos que, quando encontrassem o novo Rei, avisassem a ele para que pudesse também adorá-lo.

“E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo”. Mateus 2:8. 

Como homem público, que vivia do expediente político, Herodes tinha mesmo o que temer. A própria história da humanidade, com inúmeros relatos acerca de governantes assassinados para que outros assumissem seus tronos lhe davam bons motivos. Outro problema e que gerou desconfiança em Herodes era sua origem: sendo idumeu e não judeu de fato, ele constituía um rei ilegítimo. Por isso, sentia-se sempre ameaçado.

Os magos, ao saírem do palácio, olharam para o céu e viram novamente a estrela que os guiara. De volta ao rumo certo, chegaram ao lugar onde estava Jesus, O adoraram e entregaram presentes. Ao contrário do que vemos nos presépios de Natal, não é possível afirmar que eram três magos, pois a Bíblia relata que foram “uns magos”; como também a visita desses sábios não aconteceu numa estrebaria, mas numa casa; além disso, não cultuaram Maria ou José, apenas adoraram a Cristo, como nós também devemos fazer.

“Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém”. Mateus 2:1. 

“Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra”. Mateus 2:11. 

Para evitar a perda do trono, Herodes decidiu que a melhor solução era matar aquele que constituía uma ameaça ao seu governo. Ele não sabia exatamente a data do nascimento do Senhor Jesus, mas sabia o local onde havia nascido: a cidade de Belém. E assim, estabeleceu o assassinato de todos os meninos com até 2 anos, nascidos naquele município.

Deus, então, avisa José para eles fugirem ao Egito, pois a criança corria o risco de ser morta. Somente após a morte de Herodes, José foi liberado para trazer sua família de volta, fixando residência em Nazaré.

Jesus cresceu em família e alegrava-se e sujeitava-se à disciplina dos pais. José e Maria tiveram depois mais quatro filhos: Tiago, José, Simão e Judas, e algumas filhas, cujos nomes não são citados na Bíblia.

"E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe". Mateus 12:46. 

"Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto?". Mateus 13:55-56. 

O dia 25 de dezembro 

O nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro ou mesmo em algum dia desse mês, embora não seja impossível, parece improvável. A Bíblia não especifica um dia ou mês para Seu nascimento, de modo que, a princípio, Ele poderia ter nascido em qualquer época.

Um problema relacionado ao mês de dezembro é que seria incomum que pastores estivessem “pastoreando no campo” nesse período por conta do frio característico dessa época. A prática normal era manter os rebanhos nos campos durante a primavera, o verão e o outono. Além disso, o inverno seria um tempo especificamente difícil para Maria viajar grávida pelo longo caminho de Nazaré a Belém.

A data de 25 de dezembro foi escolhida pela Igreja Católica Romana. Devido ao domínio de Roma sobre o mundo cristão por séculos, esta data acabou se tornando a tradição. O significado original desse dia é que esse seria um popular dia festivo de celebração do retorno do sol. Em 21 de dezembro ocorre o solstício de inverno (o dia mais curto do ano e assim um dia chave no calendário), e 25 de dezembro era o primeiro dia no qual os antigos podiam notar claramente que os dias estavam se tornando maiores e que a luz do sol estava retornando.

Originalmente, esta era uma festa pagã, que a Igreja Católica desejava substituir por um dia santo cristão. O método se valia do fato de que é mais fácil tirar um festival mundano, mas tradicional, da população quando podemos substituí-lo com um bom festival, realizado debaixo de princípios cristãos.

Jesus deve nascer em nossas vidas todos os dias 

O ponto importante nisso tudo é que não devemos nos prender a datas, quando a Bíblia não evidencia essa questão. Em todo o tempo Jesus precisa nascer em nossos corações e nas nossas vidas. Aproveite essas datas festivas para falar do Senhor, para proclamar as Boas Novas e firmar a sua fé naquele que, em breve, há de voltar. Todos os dias comemore o nascimento do Filho de Deus, lembrando-se sempre da Sua ressurreição e da vida que há somente nEle.

Este texto também teve como base a apostila "Evangelhos", do Instituto Teológico Quadrangular, 2011, e do livro que agrega as matérias de 11 a 14 da Faculdade Teológica Harvest - Básico.


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