14/07/2014

Escola Bíblica: Uma missão extraordinária

9ª Lição
Referência Bíblica: Nm. 13:1-2; 17-20

Acompanhamos até agora no livro de Números, que o povo havia sido libertado por Deus da escravidão do Egito e estavam peregrinando no deserto rumo à terra prometida. O deserto representava, acima de tudo, uma oportunidade. Qual fosse a escolha dos israelitas, havia duas possibilidades: Eles poderiam aproveitar para aprofundar sua confiança e relacionamento com o Senhor ou demonstrar dúvidas com relação ao poder de Deus para operar milagres.





IMAGENS DO DESERTO DO SINAI 

 Visão por satélite

 Deserto do Sinai

 Monte Sinai

 Região de Canaã - Atualidade



ONDE FICA CANAÃ? 

Canaã é a antiga denominação da região correspondente à área do atual Estado de Israel (inclusive as Colinas de Golã), da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, de parte da Jordânia (uma faixa na margem oriental do Rio Jordão), do Líbano e de parte da Síria (uma faixa junto ao Mar Mediterrâneo, na parte sul do litoral da Síria). Comparada aos desertos circundantes, a terra de Canaã era uma terra de fartura, onde havia uvas e outras frutas, azeitonas e mel.

Chegava, então, um dos momentos mais esperados: a visão da terra de Canaã. Todo o território estava marcado para ser deles, porque o Senhor havia falado. Mas, apesar das promessas, deveria haver uma luta, a batalha pela posse do terreno, afinal, os povos que ocupavam aquele lugar teriam que ser desalojados. Com isso, podemos ver que as coisas não chegam às nossas mãos sem que antes lutemos para conquistá-las.

Abraão tinha uma grande promessa, mas era necessário: FÉ e OBEDIÊNCIA 

Lembra-se da promessa feita por Deus a Abraão (Gn. 12:1)? Ele seria pai de muitas nações. Mas se passavam os anos e o filho não chegava... Abraão questiona ao Senhor, mas confia em sua promessa (Gn. 15:1-6). Sara, no entanto, duvidou; a tal ponto que resolveu dar um "jeitinho" próprio na situação, dando ao marido sua serva Agar (Gn. 16:1-2), mas isto não satisfez o desejo do seu coração.

Passaram-se mais anos, e Deus novamente diz que daria um filho através de Sara, mas ela riu, pois já era velha (Gn. 17:15-19; Gn. 18:12-14). No tempo DETERMINADO, o próprio Senhor visitou a Sara e fez dela mãe de Isaque (Gn. 21-1:3).

Abraão precisou obedecer: deixar sua parentela, se aventurar num mundo que não conhecia, para ver as promessas de Deus se cumprir em sua vida. 

A importância da estratégia 

 Ao chegarem ao deserto de Parã (veja no mapa), os israelitas fizeram planos para enviar um grupo de espiões (12 pessoas, sendo um integrante de cada tribo) em uma missão de reconhecimento de terra (Nm. 13:1-2). Eles seguiram pela rota sul, percorrendo o deserto de Zim até Reobe e subiram a região montanhosa (a cadeia de montanhas que separa o planalto mediterrâneo do mar Morto e o vale do Jordão), andando cerca de 400 quilômetros.

 Esses homens deveriam colher os dados geográficos da população e da agricultura, observar as montanhas, desertos, cidades, povoações e fortificações (Nm. 13:17-22), sem esquecer nenhum detalhe (Dt. 1:21-25). Assim, o povo esperava receber um parecer imparcial, que desse a todos uma visão geral do que viria pela frente. Os homens foram, passaram 40 dias espiando a terra e voltaram trazendo muitas coisas.

O problema do pessimismo e da falta de fé 

A esperança deveria ser a força motriz do povo israelense, entretanto, não foi isso o que aconteceu. Eles trouxeram um modelo do fruto da terra para que todos pudessem ver como era próspera e abençoada (Nm. 13:25-26) e, na sequência, dez espias relataram apenas as dificuldades que encontraram (Nm. 13:28 e 31).

• Salomão falou sobre os dias maus, que nos levam a ser pessimistas; entretanto, nos mostra como sair dessa situação (Ec. 12:1,2 e 13-14a).
• Pedro atendeu ao chamado de Jesus e foi ao seu encontro andando sobre as águas, mas no meio do caminho, teve medo e começou a afundar (Mt. 14:27-31).

Os homens que deveriam incutir confiança no povo, agora estavam sucumbindo diante do medo, com posturas medrosas e frias. Seus olhos não estavam em Deus.

• Mas Israel tinha visto os milagres de Deus. Por que não creram? Veja a travessia do povo pelo Mar Vermelho.

A confiança e a importância da intercessão 

Apenas dois entre todos – Oseias, chamado de Josué (filho de Num) e Calebe (filho de Jefoné) – disseram que, mesmo com as dificuldades, com a ajuda do Deus Todo-Poderoso poderiam conquistar Canaã (Nm. 14:8 e 9). Enquanto dez pessoas estavam contra eles, se levantaram com fé e confiança.

Mas o povo quis apedrejar a Josué, chegando a dizer que queriam voltar ao Egito, e isso despertou a ira do Senhor. Ele disse que destruiria o povo e geraria uma nova geração através de Moisés (Nm. 14:11-12). Moisés intercede pelos filhos de Israel, pois sabia que o pecado era inerente ao ser humano e mesmo uma nova geração acabaria se comportando com a mesma postura.

Moisés nos indica um tipo profético de Jesus Cristo, que deu sua vida e morreu para que pudéssemos viver. Moisés abriu mão do privilégio de fundar uma nação para que o povo que ele liderava não perdesse sua oportunidade de servir ao Senhor. 

Ao invés de aceitar a oferta feita, Moisés intercedeu pelo povo, para que tivessem uma oportunidade, lembrando que não estava em jogo apenas o povo, mas a glória do próprio Deus. Ele, que é um Deus misericordioso e compassivo, seria lembrado como um Deus irado, caso destruísse o povo por causa de sua rebeldia (Nm. 14:15-16).

Quando nosso filho, ou filha, ou mãe, ou pai, ou marido, ou esposa, ou parente, ou amigo, ou conhecido, ou desconhecido, qualquer pessoa estiver em perigo, DEUS recorrerá a nós para intercedermos, isso se nos dispusermos, se dermos brechas (Ez 22.30), estando prontos para orar costumeiramente todos os dias em favor daqueles que precisam de nossas orações. 

A intercessão de Cristo e do Espírito Santo 

1) Jesus, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc. 19:10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc. 19:41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (Lc. 22:32) como pelo grupo todo (Jo. 17:6-26). Orou até quando estava pendurado na cruz (Lc. 23:34). 

2) Um aspecto permanente do ministério atual de Cristo é o de interceder pelos crentes diante do trono de Deus (Rm. 8:34; Hb. 7.25; 9:24; 7:25a); João refere-se a Jesus como “um Advogado para com o Pai” (1 Jo. 2:1). A intercessão de Cristo é essencial à nossa salvação (Is. 53:12). Sem a sua graça, misericórdia e ajuda, que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de Deus e voltaríamos à escravidão do pecado. 

3) O Espírito Santo também está empenhado na intercessão. Paulo declara: “não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm. 8:26). O Espírito Santo, através do espírito do crente, intercede “segundo Deus” (Rm. 8:27). 

A intercessão do crente 

1) A igreja do NT intercedia constantemente pelos fiéis. A igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At. 12:5, 12). A igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At. 13:3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja orem pelos enfermos (Tg. 5:14) e que todos os cristãos orem “uns pelos outros” (Tg. 5:16; Hb. 13:18-19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em favor de todos (1Tm. 2:1-3). 

2) O apóstolo Paulo, quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas, discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e indivíduos (Rm. 1:9-10; 2 Co 13:7; Fp. 1:4-11; Cl. 1:3,9-12; 1 Ts. 1:2,3; 2 Ts 1:11,12; 2 Tm 1:3). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm. 15:30-32; 2 Co. 1:11; Ef. 6:18-20; Fp. 1:19; Cl. 4:3,4; 1 Ts. 5:25; 2 Ts 3:1,2). 

Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de Deus intercediam para que Deus sustasse o seu juízo.

Trecho itálico extraído do site: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/intercessao.htm 

A decisão de Deus 

O Senhor ouviu a oração de Moisés e perdoou o povo, desistindo de destruí-los, no entanto, não impediu que a consequência do pecado viesse até eles. Com isso, embora perdoados, todo o povo foi sentenciado a morrer no deserto, para que somente a nova geração entrasse na terra e tomasse posse da benção que Deus havia reservado para eles (Nm. 14:28-30).

Josué e Calebe foram as ÚNICAS exceções a esta determinação. Sua postura de fé e fidelidade agradou o Senhor, que os poupou e permitiu que eles vivessem e entrassem em Canaã.

Durante 38 anos o povo ficou peregrinando pelo deserto (em círculo!), enquanto a geração que havia pecado morria aos poucos. Mas a sentença para os espias incrédulos, que haviam inflamado o povo a se rebelar contra Deus, foi ainda mais dura. Todos eles morreram na hora, por conta de uma praga enviada pelo próprio Senhor (Nm. 14:37).


MATERIAL COMPLEMENTAR 
A rota do povo de Israel: Por que não adotaram o caminho mais curto no logo no início? 


A MAIORIA das pessoas já ouviu falar do Êxodo do Egito. Mas o que aguardava Moisés e o povo de Deus depois da travessia do mar Vermelho? Que rumo tomaram e como chegaram ao rio Jordão, através do qual entraram na Terra Prometida?

Para chegar à terra de Canaã, Moisés não tomou o caminho mais curto — com cerca de 400 quilômetros ao longo da costa arenosa do Mediterrâneo. Se tivesse feito isso, teriam passado diretamente pelo meio do território dos inimigos filisteus. Tampouco atravessou o centro da ampla península do Sinai, onde enfrentariam calor escaldante no planalto de cascalho e calcário. Não, Moisés levou o povo para o sul, ao longo da estreita planície costeira. Primeiro, eles acamparam em Mara, onde Deus fez com que as águas amargas se tornassem potáveis. Após partir de Elim, o povo resmungou pedindo comida; Deus enviou codornizes e depois maná. Em Refidim, o povo resmungou outra vez (pedindo água), os amalequitas que atacaram Israel foram derrotados e o sogro de Moisés o aconselhou a obter ajuda de homens capazes. — Êx, caps. 15-18.

Moisés conduziu então Israel em direção às montanhas mais ao sul, acampando junto ao monte Sinai. Ali, o povo de Deus recebeu a Lei, construiu o tabernáculo e ofereceu sacrifícios. No segundo ano do Êxodo, rumaram para o norte, atravessando um “grande e atemorizante ermo”. A jornada à região de Cades (Cades-Barnéia) aparentemente levou 11 dias. (De 1:1, 2, 19; 8:15) Por causa do relatório negativo de dez espiões, o povo ficou com medo e, por isso, teve de vaguear por mais 38 anos. (Núm 13:1–14:34) Entre os lugares onde acamparam estavam Abrona e Eziom-Géber. Depois, voltaram a Cades. — Núm 33:33-36.

Quando finalmente chegou o tempo de entrarem na Terra Prometida, os israelitas não rumaram em linha reta para o norte. Contornaram a terra de Edom e seguiram pela “estrada real”. (Núm 21:22; De 2:1-8) Para uma nação inteira — com crianças, animais e tendas —, não foi fácil percorrê-la. Por exemplo, eles tiveram de entrar e sair de desfiladeiros profundos — como o de Zerede e o do Árnon (com quase 520 metros de profundidade). — De 2:13, 14, 24.

Finalmente, os israelitas chegaram ao monte Nebo. Miriã havia morrido em Cades; Arão, no monte Hor. Moisés morreu perto da terra na qual ele queria entrar, tão perto que dava para avistá-la. (De 32:48-52; 34:1-5) Coube a Josué liderar Israel na conquista da terra, terminando assim uma jornada que começara 40 anos antes. — Js 1:1-4. 

Material complementar extraído do site: http://saibatananet.blogspot.com.br/2012/09/do-egito-terra-prometida.html

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