Declaração de Fé



IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR

Uma corporação interdenominacional em espírito, evangélica na mensagem, internacional no projeto. É composta pela união de fiéis cristãos que se congregam para a promoção da causa do evangelismo no mundo, e pregação do Evangelho Quadrangular do reino: Jesus Salvador, Batizador, Médico e Rei que Voltará.

I. AS SAGRADAS ESCRITURAS

Cremos que a Bíblia Sagrada é a Palavra do Deus Vivo; verdadeira, imutável, firme, inabalável, como o seu autor o Senhor Jeová; que foi escrita por santos homens do passado, conforme movidos pelo Espírito Santo e por Ele inspirados; que ela é uma lâmpada acesa para guiar os pés de um mundo perdido, desde as profundezas do pecado e tristeza até as elevações da honradez e da glória; um espelho claro que revela a face de um Salvador crucificado; uma linha de prumo a tornar reta a vida de cada indivíduo ou comunidade; uma afiada espada de dois gumes para convencer do pecado e maldade; um forte elo de amor e ternura para levar os arrependidos a Cristo Jesus; um bálsamo de Gilead, sob o sopro do Espírito Santo, que pode curar e vivificar todo o coração desfalecente; único sustentáculo verdadeiro da comunhão e unidades cristãs; apelo de amor de um Deus infinitamente amantíssimo; advertência solene, trovejar distante da tempestade e da ira e retribuição que cairá sobre os desatentos; uma seta apontada para o céu; um sinal de perigo que adverte quanto ao inferno; o divino, supremo e eterno tribunal por cujos padrões todos os homens, nações, credos e argumentos serão julgados.

Onde é ensinado nas Escrituras

- O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Mt. 24:35. Para sempre, ó Senhor, a tua Palavra permanece no céu. Sl. 119:89.
- Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, corrigir, instruir em justiça. Para que o homem de Deus seja perfeito, perfeitamente instruído para toda a boa obra. II Tm. 3:16,17.
- Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para o meu caminho. Sl. 119:105.
- E temos, mui firme; a palavra dos profetas à qual bem fazeis em estar atentos, como a luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça; e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto, que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a minha profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. II Pe. 1:19-21.
- Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas vida eterna, e são elas que de mim testificam. Jo. 5:39.
- Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. II Tm. 2:15. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo. Fl. 3:16. (Também I Jo. 4:1, Is. 8:20, I Ts. 5:21, At. 17:11, Jo. 4:6, Jd. 3, Ef. 6:17, Sl. 119:59,60, Fl. 1:9-11).

II. A DIVINDADE ETERNA

Cremos que só há um Deus vivo e verdadeiro; autor do céu e da terra e tudo o que neles há; o Alfa e o Ômega; que sempre foi, é e será pelos tempos sem fim, amém; que Ele é infinitamente santo, poderoso, terno, amoroso e glorioso; digno de todo amor possível e honra e obediência, majestade, domínio e poder, assim agora e para sempre; e que a unidade da Divindade se constitui triplicemente em consonância perfeita para com toda a perfeição divina, executando funções distintas mas harmoniosas, no grande trabalho da redenção:

O Pai – Cuja glória é tão inexcedivelmente brilhante que o homem mortal não pode contemplar Sua face e ainda viver, mas, cujo coração foi tão transbordante de amor e piedade pelos Seus filhos perdidos e vítimas do pecado que Ele, voluntariamente, deu Seu filho unigênito, para redimi-los e reconciliá-los consigo mesmo.

O Filho – Coexistente e coeterno com o Pai que, concebido pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, assumiu a forma de homem, suportou nossos pecados, levou nossas tristezas e, pelo derramamento de Seu precioso sangue sobre a cruz do calvário, adquiriu a redenção para todos os que n’Ele creiam; então, quebrando os grilhões da morte e do inferno levantou-se da sepultura e subiu às alturas levando cativo o cativeiro, para que, como o grande Mediador entre Deus e o homem, pudesse estar à direita do Pai intercedendo por aqueles por quem entregou a Sua vida.

O Espírito Santo – A terceira Pessoa da Divindade, o Espírito do Pai, derramado, onipotente, onipresente, realizando uma missão indizivelmente importante sobre a terra, convencendo de pecado, de justiça e de juízo, levando pecadores ao Salvador, rechaçando, rogando, buscando, confortando, guiando, vivificando, glorificando, batizando e revestindo de poder do alto todos àqueles que se entregam às Suas sagradas ministrações, preparando-os para o grande dia do aparecimento do Senhor.

Onde é ensinado nas Escrituras

- … Antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Is. 43:10. Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça. Is. 44:8.
- Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá. Ex. 33:20.
- Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo. 3:16.
- No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Jo. 1:1-3. Também Jó 38:4-7.
- Eis que a virgem conceberá e dará a luz a um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel. Mt. 1:23.
- Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador. Is. 43:11. Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e o homem: Jesus Cristo Homem; o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos. I Tm. 2:5. Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Ef. 2:18.
- Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. I Jo. 5:8.
- Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos ei de enviar, aquele Espírito de Verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim. Jo. 15:26, Mt. 28:19, Rm. 8:11, Jo. 16:7-14.

III. A QUEDA DO HOMEM

Cremos que o homem foi criado à imagem de Deus, diante de quem Ele andava em santidade e pureza mas que, por voluntária desobediência e transgressão, caiu da pureza e da inocência do Éden às profundezas do pecado e iniqüidade, e que, em conseqüência disso, toda humanidade é constituída de pecadores vendidos a Satanás – pecadores não por compulsão, mas por escolha – caracterizados pela iniqüidade e inteiramente desprovidos por natureza, daquela santidade exigida pela lei de Deus, decididamente inclinados ao mal, culpados e sem justificativa, justamente merecendo a condenação de um Deus justo e santo.

Onde é ensinado nas Escrituras

- E criou Deus o homem à sua imagem. Gn. 1:27.
- Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso todos pecaram. Rm. 5:12. Pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores. Rm. 5:19. (Também Jo. 3:6, Sl. 51:5, Rm. 5:15-19; 8:7, Is. 53:6, Gn. 6:12; 3:9-18; Gl. 3:22).
- Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho. Is. 53:6. (Também Gn. 6:12; 3:9-18).
- Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Ef. 2:3 (Também Rm. 1:18; 1:32; 2:1-16, Mt. 20:15, Gl. 3:10; Ez. 18:19,20.
- Para que eles fiquem inexcusáveis. Rm. 1:20. Para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Rm. 3:19. (Também Gl. 3:22).

IV. O PLANO DE REDENÇÃO

Cremos que, sendo nós ainda pecadores, Cristo morreu por nós – o Justo pelo injusto – espontaneamente, e por eleição do Pai, tomando o lugar de pecadores, levando seus pecados, recebendo sua condenação, morrendo sua morte, pagando inteiramente suas faltas, e assinando, com o sangue de sua vida, o perdão de todos aqueles que haveriam de n’Ele crer; que, simplesmente pela fé a aceitação da expiação adquirida no Monte do Calvário, o mais vil pecador pode ser limpo de suas iniqüidades e tornado mais branco do que a neve.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Is. 53:5.
- O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. Tt. 2:14.
- Deixe o ímpio o seu caminho e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus; porque grandioso é em perdoar. Is. 55:7.
- Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Hb. 7:25.
Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Is. 1:18.

V. SALVAÇÃO PELA GRAÇA

Cremos que a salvação dos pecadores é inteiramente pela graça, que não temos justiça alguma ou bondade em nós mesmos, por onde procurar o divino amparo, havendo que lançarmo-nos, portando, à inabalável misericórdia e amor daquele que nos comprou e nos lavou no seu próprio sangue, clamando os méritos e a justiça de Cristo o Salvador, firmados na Sua palavra e aceitando o livre dom de Seu amor e perdão.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Pela graça sois salvos. Ef. 2:8.
- Não há um justo, nem um sequer. Rm. 3:10.
- Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Rm. 3:23.
- Mas todos nós somos como o imundo; e todas as nossas justiças como trapo de imundícia; e todos caímos como a folha, e as nossas culpas como um vento nos arrebatam. Is. 64:6.
- E na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. João 6:47.
- Mas agora em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Ef. 2:13.
- Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. Rm. 6:23.

VI. ARREPENDIMENTO E ACEITAÇÃO

Cremos que, pelo sincero arrependimento, verdadeira tristeza pelo pecado, e verdadeira aceitação do coração para com o Senhor Jesus Cristo, aqueles que O invocam podem ser justificados pela fé, através do seu precioso sangue e que, em vez da condenação, podem obter a mais bendita paz, segurança e amparo com Deus; que, com braços abertos de perdão e misericórdia o Salvador espera para receber, em contrição não fingida e súplica por misericórdia todo arrependido que queira abrir a porta do seu coração e aceitá-lo como Senhor e Rei.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça. I Jo. 1:9.
- Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. Rm. 5:1,2.
- Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Rm. 8:1.
- Para dar ao seu povo conhecimento da salvação na remissão dos seus pecados, pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o oriente do alto nos visitou, para alumiar aos que estão assentados em trevas e sombra de morte, a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho de paz. Lc. 1:77-79.
- E o que vem a mim, de maneira nenhuma eu o lançarei fora. Jo. 6:37.

VII. O NOVO NASCIMENTO

Cremos que a mudança que se efetua no coração e na vida, por ocasião da conversão, é absolutamente real; que o pecador é então nascido de novo, de maneira gloriosa e transformadora tal, que as coisas velhas são passadas e tudo se faz novo; de tal modo que coisas anteriores desejadas são agora desprezadas, enquanto coisas outrora aborrecidas são agora respeitadas e sagradas; e que tendo sido agora a ele imputada a justiça do redentor e recebido do Espírito de Cristo, novos desejos, novas aspirações, novos interesses e uma nova perspectiva da vida, do tempo e da eternidade, enchem o coração lavado no sangue, de modo tal que o seu desejo se torna, agora, abertamente confessar e servir ao Mestre, sempre procurando as coisas que são de cima.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Jo. 3:3.
- Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. II Co. 5:17.
- Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece. Jo. 15:19.
- Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim: e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim. Gl. 2:20. Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus. Rm. 3:24,25.
- Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, e nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Sl. 1:1,2.

VIII. VIDA CRISTÃ DIÁRIA

Cremos que, tendo sido limpos pelo precioso sangue de Jesus Cristo e, tendo recebido o testemunho do Espírito Santo na conversão, é desejo de Deus que nos santifiquemos diariamente e, nos tornemos participantes de sua santidade crescendo constantemente, cada vez mais fortes na fé, poder, oração, amor e serviço; primeiramente, como crianças desejando leite não falsificado, neste mundo; depois como homens fortes vestindo toda a armadura de Deus, marchando avante para novas conquistas em seu nome, ao abrigo do seu estandarte de sangue; vivendo sempre uma vida paciente, sóbria, não egoísta, segundo Deus, a qual representa um verdadeiro reflexo de Cristo em nós.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação. I Ts. 4:3. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo, e todo o vosso espírito e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Ts. 5:23.
- Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor do Senhor. II Co. 7:1.
- Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Pv. 4:18
- Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição. Hb. 6:1.
- Porque os que são segundo a carne, inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Rm. 8:5.
- E ali haverá um alto caminho, um caminho que se chamará o caminho santo. O imundo não passará por ele, mas será para aqueles: os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão. Is. 35:8 (I Pe. 2:2).

IX. BATISMO E SANTA CEIA

Cremos que o batismo nas águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, de acordo com o mandamento de nosso Senhor, é um sagrado sinal exterior de uma obra interior; um belo e solene símbolo a lembrar-nos de que, assim como nosso Senhor morreu sobre a cruz do Calvário, assim também contamo-nos como mortos para o pecado, e a velha natureza com Ele pregada no madeiro; e que, assim como Ele foi descido do madeiro e sepultado, assim nós somos sepultados com Ele pelo batismo da morte – para que, assim com o Cristo foi levantado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida.

Cremos na comemoração e observância da ceia do Senhor pelo sagrado uso do pão partido, um precioso tipo do pão da vida – Jesus Cristo, cujo corpo foi partido por nós; e da seiva da videira – um maravilhoso tipo a lembrar sempre o participante do sangue derramado pelo Salvador, que é a videira verdadeira, da qual seus filhos são as varas; que esta ordenança é como um glorioso arco-íris a transpor a amplidão do tempo entre o calvário e a vinda do Senhor, quando no Reino do Pai Ele compartilhará novamente da companhia de seus filhos, e que o servir e o receber este sagrado sacramento deve ser sempre precedido pelo mais solene exame do coração, autocrítica, perdão e amor para com todos os homens, para que ninguém participe indevidamente e beba condenação para sua própria alma.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mt. 28:19 (Também At. 10:47,48, Gl. 3:27,28).
- De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Rm. 6:4 (Também Cl. 2:12; I Pe. 3:20,21; At. 22:16).
- De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas. At. 2:41 (Também Mt. 28:19,20).
- Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. I Co. 11:26. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. I Co. 11:28 e II Co. 13:5).

X. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

Cremos que o batismo com o Espírito Santo é o recebimento do prometido Consolador, em poderosa e gloriosa plenitude, a fim de revestir o crente com poder do alto; para glorificar e exaltar o Senhor Jesus; para dar uma palavra inspirada em testemunho d’Ele; para promover o espírito de oração, santificação e sobriedade para; capacitar o indivíduo e a igreja a ganhar almas de maneira eficiente, prática, alegre, cheio do Espírito; e que, sendo esta ainda a dispensação do Espírito Santo, tem o crente todo direito de esperar o seu recebimento da mesma maneira pela qual o receberam judeus e gentios igualmente, nos dias bíblicos, conforme se encontra registrado na Palavra, de modo que possa ser dito de nós o que foi com respeito à casa de Cornélio; o Espírito Santo caiu sobre eles, no princípio, assim como em nós agora.

Onde é ensinado nas Escrituras

- E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Jo. 14:16,17.
- Porque, na verdade, João batizou com água. Mas vós sereis batizados com o Espírito Santo… Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. At. 1:5,8.
- E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. At. 2:4.
- Então lhes impuseram as mãos e receberam o Espírito Santo. At. 8:17.
- E dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviram a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas, e magnificar a Deus. At. 10:44-46.
- E, impondo-lhes as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam. At. 19:6. Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? I Co. 3:16.

XI. A VIDA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO

Cremos que, sendo o Espírito Santo como um vento poderoso e veemente, como línguas de chamas vivas, que podem sacudir e convulsionar comunidades inteiras para Deus, Ele é, também, como uma delicada pomba, facilmente ofendido e magoado pela impiedade, frieza, vãs conversações, jactância e espírito de crítica ou julgamento, bem como pensamentos e ações que desonrem o Senhor Jesus; e que é, portanto, vontade de Deus que vivamos e andemos no Espírito, momento a momento, sob o precioso sangue do Cordeiro, a pisar respeitosa e suavemente na presença do Rei, sendo pacientes, amorosos, verdadeiros, sinceros, de oração, não murmuradores, estando a tempo e fora de tempo servindo ao Senhor.

Onde é ensinado nas Escrituras

- E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria e blasfêmias e toda a malícia seja tirada entre vós. Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Ef. 4:30-32. Orando em  todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto, com toda a perseverança e súplica por todos os santos. Ef. 6:18.
- Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm. 12:1,2.
- Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou. I Jo. 2:6.
- Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Gl. 5:16,25.
- Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. I Co. 3:17.

XII. OS DONS E FRUTOS DO ESPÍRITO

Cremos que o Espírito Santo tem os seguintes dons a serem concedidos à igreja crente e fiel ao Senhor Jesus Cristo: a palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de curar, operação de maravilhas, profecia, discernimento, línguas, interpretação; que, conforme o grau de graça e fé de quem os recebe, são repartidos a cada um diversamente, segundo a vontade do Espírito; que eles são dignos de serem mui avidamente desejados e buscados, na ordem e proporção em que mais sejam edificantes e benéficos à igreja; e que o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, mansidão, bondade, benignidade, fé, temperança, deve ser manifesto, cultivado e cuidadosamente guardado como adorno resultante de uma vida cheia do Espírito e evidência constante, eloqüente e irrefutável disso.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Acerca dos dons espirituais não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Portanto, procurai com zelo os melhores dons. I Co. 12:1,31.  Mas um só e o mesmo Espírito, opera estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. I Co. 12:11; 14:12.
- Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja. I Co. 14:12. Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento. Rm. 11:29.
- De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em  ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. Rm. 12:6-8.
- Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Jo. 15:8.
- E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se ao fogo. Lc. 3:9.

XIII. MODERAÇÃO

Cremos que a moderação do crente deve ser notória a todos os homens; que sua experiência e procederes diários jamais o levem a extremos, fanatismos, manifestações escandalosas, calúnia, murmurações; mas que, sua sóbria, compenetrada, equilibrada, amadurecida, piedosa e zelosa experiência cristã seja de uma firme retidão, sensatez, humildade, auto-sacrifício e conforme a Cristo.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor. Fl. 4:5.
- Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo. Ef. 4:14,15.
- Caridade não se porta com indecência. I Co. 13:5.
- Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros; se algum tiver queixa contra o outro, assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. Cl. 3:12,13.

XIV. CURA DIVINA

Cremos que a cura divina é o poder do Senhor Jesus Cristo para curar os enfermos e os aflitos, em resposta à oração sincera; que Ele, sendo o mesmo ontem, hoje e para sempre, jamais mudou; mas é, ainda, um auxílio plenamente suficiente na hora da dor, capaz de saciar as necessidades, vivificar o corpo, a alma e o espírito a uma novidade de vida, em resposta à fé daqueles que oram com submissão à sua vontade divina e soberana.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. Mt. 8:17.
- Pois qual é mais fácil? Dizer: perdoados te são os teus pecados, ou dizer, levanta-te e anda? Mt. 9:5.
- E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas, pegarão nas serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Mc. 16:17,18.
- Enquanto estendes a tua mão para curar e para que façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus. At. 4:30.
- E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Tg. 5:15.

XV. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Cremos que a segunda vinda de Cristo é pessoal e iminente; que Ele descerá do céu nas nuvens de glória com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus. E que, nesta hora, a qual ninguém sabe antecipadamente, os mortos em Cristo se levantarão, e os remidos que estiverem vivos serão levados acima, junto com eles, nas nuvens a encontrar o Senhor nos ares, para estarem sempre com o Senhor. E, vendo nós também, que mil anos são como um dia para o Senhor, e que ninguém sabe a hora do seu aparecimento, o qual cremos ser iminente, cada dia deve ser vivido como se Ele fosse esperado aparecer antes de findar o dia. Todavia, em obediência à sua ordem categórica “trabalhai até que eu venha”, a obra de propagação do Evangelho, o envio de missionários e  as obrigações gerais para a edificação da igreja devem ser promovidos tão ampla e diligentemente como se nem a nossa geração nem a vindoura fossem viver em carne para que pudesse ver aquele glorioso dia.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. I Ts. 4:16,17.
- Renunciando a impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos nesse presente século sóbria, justa e piamente. Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo. Tt. 2:12,13.
- Porém, daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mt. 24:36,42,44.
- Assim, também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação. Hb. 9:28.
- Negociai até que eu venha. Lc. 19:13.
- Estejam cingidos os vossos lombos e acesas as vossas candeias, e sêde vós semelhantes aos homens que esperam o seu Senhor, quando houver de voltar das bodas, para que quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. Bem aventurado aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá. Lc. 12:35-37.

XVI. RELAÇÕES PARA COM A IGREJA

Cremos que, tendo aceitado o Senhor Jesus Cristo como Salvador pessoal e Rei, e tendo assim nascido na família e no corpo invisível da Igreja do Senhor, é sagrado dever do crente, quanto esteja em seu poder, identificar-se com a visível igreja de Cristo sobre a terra, e trabalhar com o maior entusiasmo pela edificação do Reino de Deus; e que essa igreja visível é uma congregação de crentes que se tem associado entre si, em cristã comunhão e na unidade do Espírito, a observar as ordenanças de Cristo, adorando-O na beleza da santidade, falando uns aos outros em salmos e hinos e cânticos espirituais, lendo e proclamando sua palavra, trabalhando pela salvação das almas, dando dos seus meios temporais para promover a sua obra, edificando, encorajando; exortando uns aos outros na mais santa fé e trabalhando harmoniosamente juntos, como filhos diletos que, embora muitos, são um só corpo, do qual Cristo é o cabeça.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Louvai ao Senhor. Louvarei ao Senhor de todo o coração, na assembléia dos justos e na congregação. Sl. 111:1.
- E consideremo-nos uns aos outros para estimularmos à caridade e às boas obras; não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros e tanto mais, quando vedes que se vai aproximando aquele dia. Hb. 10:24,25.
- De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número. At. 16:5. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar. At. 2:47.
- Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. Rm. 12:5-8 (Também Rm. 12:6,7,8).
- Aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro, e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor, e para os que se lembram do seu nome. E eles serão meus, diz o Senhor dos exércitos, naquele dia que farei serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho, que o serve. Mt. 3:16,17.

XVII. GOVERNO CIVIL

Cremos que o governo civil é de indicação divina, para a promoção da boa ordem na sociedade humana e dos interesses da mesma; e que se deve orar pelos governantes e administradores, devendo eles ser obedecidos e apoiados em todo tempo exceto, somente, nas coisas contrárias à vontade de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual é soberano da consciência do seu povo, Rei dos reis, e Senhor dos Senhores.

Onde é ensinado nas Escrituras

- E as potestades que há foram ordenadas por Deus… Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Rm. 13:13. (Também Dt. 16:18; II Sm. 23:3; Ex. 18:21-23; Jr. 30:21).
- Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. At. 5:29. E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. Mt. 10:28 (Também Dn. 3:15-18; 6:7-10; At. 4:18-20).
- Porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. Mt. 23:10.
- E no vestido e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ap. 19:16 (Também Sl. 72:11; 2; Rm. 14:9-13).

XVIII. O JUÍZO FINAL

Cremos que os mortos, tanto humildes como poderosos, serão ressuscitados e estarão como os vivos perante o trono de julgamento de Deus; e que, aí, uma solene e terrível separação se dará, em que os maus serão condenados à punição eterna e os justos à vida eterna; e que esse julgamento estabelecerá para sempre o estado final dos homens, no céu ou no inferno, em princípios de justiça, conforme é manifesto na Sua santa Palavra.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. II Co. 5:10.
- Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o Sol, no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Mt. 13:41-43; Hb. 9:27.

XIX. O CÉU

Cremos que o céu é a habitação indescritivelmente gloriosa do Deus vivo; e que para lá foi o Senhor a fim de preparar um lugar para seus filhos; que, para que essa cidade quadrangular, cujo construtor e realizador é Deus, os crentes mais fervorosos, que lavaram suas vestiduras no sangue do Cordeiro e venceram pela espada do seu testemunho, serão levados; que o Senhor Jesus Cristo os apresentará ao Pai, sem manchas ou tristezas; e que lá, em alegria indizível eles contemplarão, para sempre, sua face maravilhosa, num reino eterno onde não há trevas, nem há necessidade de luz, nem tristeza, nem lágrimas, nem dor, nem morte, mas hostes de anjos servidores dedilham suas harpas, cantam os louvores do nosso Rei e, reverenciando perante o trono, proclamam: “Santo, Santo, Santo”.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Mas, como está escrito: as coisas que o olho não viu e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. I Co. 2:9.
- Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vô-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. Jo. 14:2.
- E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor os alumia; e reinarão para todo o sempre. Ap. 22:4.
- E Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas. Ap. 21:4.
- Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com sua sobra. Nunca mais terão fome, nem sede; nem sol, nem ardor algum cairão sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará; e ele servirá de guia para as fontes das águas de vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima. Ap. 7:15-17.

XX. O INFERNO

Cremos que o inferno é um lugar de trevas exteriores e da mais profunda tristeza, onde o verme não morre e o fogo não se apaga; um lugar preparado para o Diabo e seus anjos, onde haverá choro e pranto e ranger de dentes, lugar de amargura e eterno arrependimento por parte daqueles que rejeitaram a misericórdia, o amor e a ternura do Salvador crucificado, escolhendo a morte em vez da vida; e que ali, em um lago que queima com fogo e enxofre serão lançados os descrentes, os abomináveis, os criminosos, os feiticeiros, os idólatras, os mentirosos, e os que rejeitaram e desprezaram o amor e sacrifício de um Redentor banhado em sangue, deixando atrás a cruz para sua perdição, apesar de toda instância e advertência do Espírito Santo.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Mandará o Filho do Homem e seus anjos, e colherão do seu reino o que causa escândalo, e o que comete iniquidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Mt. 13:41-42.
- E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. Ap. 20:10,15.
- Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre; e não tem repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome. Ap. 14:10,11.
- Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Mt. 25:41. E, se a tua mão escandalizar, corta-a; melhor para tia é entrares na vida alijado, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. Mc. 9:43-45.
- Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas que este se converta e viva. Convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis, ó casa de Israel? Ez. 33:11.

XXI. EVANGELISMO

Cremos que, à vista do fato de que todo o presente estado de coisas passará, e que o fim de todas as coisas é iminente, os filhos remidos do Senhor Jeová devem levantar-se e brilhar como uma luz que não pode ser escondida, uma cidade edificada sobre um monte, espargindo o evangelho aos confins da terra, cingindo o globo com a mensagem da salvação, declarando com zelo e entusiasmo ardentes todo o conselho de Deus; que, quando o Senhor da glória aparecer, eles serão achados de pé, tendo seus lombos cingidos com a verdade, suas atividades e seus mistérios ricamente compensados com a abundância de jóias que ganharam e guardaram para Ele – as almas preciosas – conduzidas das trevas para a luz por meio do instrumento de seu fiel testemunho; que o ganhar almas é a atividade por excelência da igreja sobre a terra; e que, portanto, toda opressão ou embaraço que vise a extinguir a chama ou prejudicar a eficiência na pregação mundial do evangelho deve ser eliminada e não admitida, como indigna da igreja, prejudicial á sacratíssima causa de Cristo e contrária à grande comissão do Senhor.

Onde é ensinado nas Escrituras

- Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda longanimidade e doutrina. II Tm. 4:1,2.
- Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Efésios 5:16.
- O que ganha almas sábio é. Pv. 11:30.
- Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, cobrirá uma multidão de pecados. Tg. 5:20.
- Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra, e os avisarás da minha parte. Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não o falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. Ez. 3:17,18.
- Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta o fruto para a vida eterna, para que, assim, o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e o outro o que ceifa. Jo. 4:35-37.

XXII. DÍZIMOS E OFERTAS

Cremos que o método estabelecido por Deus para manter o seu ministério e promover a propagação do evangelho, conforme sua ordem é o dízimo, o qual é acatado por nossas igrejas internacionalmente, não só como sendo o método de Deus para prover quanto às necessidades materiais e financeiras da sua igreja, mas, para soerguer a moral espiritual do seu povo de tal sorte que Deus haja por força abençoá-los. Somos ordenados em Ml. 3:10: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, depois, fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas dos céus e não derramar sobre vós uma bênção tal que dela vos advenha maior abastança”.

No tocante ao “dar” e “ofertas voluntárias”, é ordenado pelo Senhor e praticado em todas as nossas igrejas, internacionalmente, como parte do plano de Deus para atender às necessidades materiais da igreja e satisfazer a espiritualidade do seu povo. Somos admoestados em Lc. 6:38: “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos deleitarão no vosso regaço, porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo”.

Sendo co-herdeiros com Ele, sabemos que dar para o Seu reino – que também é nosso – é algo agradável, sendo mais abençoado dar do que receber, pois a isso somos ordenados em II Co. 9:7: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria”.

XXIII. MEMBROS

Os candidatos a membro devem, primeiramente, ser examinados quanto a sua fé, sendo feita oração juntamente com os mesmos e, nessa ocasião, encorajandos no seu propósito. Deve o candidato mostrar evidência de ter genuína experiência de novo nascimento; ser batizado por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; e viver uma vida cristã que sirva de exemplo tanto para pecadores como para convertidos, possuindo um grande desejo em ganhar almas e amor quanto ao progresso da causa do Evangelho Quadrangular no mundo, devendo declarar sua lealdade a esta associação e se disposição em auxiliar na sua manutenção, tanto com seus recursos particulares como com seu esforço conjugado.

Cada candidato, como tal, expressará seu reconhecimento quanto ao fato de que “uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir” e fará adesão à linha desta associação, para que não haja deslealdade, insubordinação, murmuração, críticas ou calúnias contra a mesma, ou contra seus dirigentes; e, se em algum tempo, qualquer membro sentir que não está mais sendo leal ou tenha perdido a simpatia para com esta associação e, bem assim, não seja mais como outrora uma voz unânime para com ela, pedirá o mesmo uma carta de demissão e, discretamente, se retirará do rol de membros, reservando-se às autoridades da associação o direito de induzi-lo a assim proceder, caso se prolongue em abster-se disto; que o amor pelas almas e a paixão por ganhá-las deve ser a grande base e supremo fim para o qual sejam conduzidos todos os esforços, e que idéias marginais e concepções não essenciais, bem como ocupar-se em discutir sutilezas entre doutrinas, coisas essas que tendem a quebrar a unidade e distrair da chama ardente do ganhar almas – devem ser evitadas e refutadas onde quer que se apresentem, e que Cristo deve ser a figura central a ser mostrada, até que todos os homens O vejam, O amem, e d’Ele se aproximem.

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